CONHEÇA A PERITA SANDRA SANTOS

PERITA SANDRA SANTOS

Perita
Criminal,
Professora e Palestrante

Primeira mulher chefe da Polícia Científica de Pernambuco
Perita Criminal, professora e palestrante, Sandra Santos começou a trajetória na segurança pública em 2001. É doutora, mestre e especialista em Genética Forense. Fortalecer a prova material e promover a justiça é e sempre será uma missão.
Sandra Santos é apaixonada por investigação criminal. Quando criança, sonhava em ser policial. Adolescente sonhava ser cientista. Na faculdade, descobriu que poderia unir essas duas paixões. Usar a ciência para investigar crimes, parecia ser o caminho correto para a realização profissional da “Policial Cientista” ou da “Cientista Policial”. O sonho se transformou em profissão, aliado a novo interesse: a Perícia Criminal.
Em 2003, em início de carreira, acompanhou as notícias, perícias e investigações sobre o assassinato de duas adolescentes: Tarsila Gusmão e Maria Eduarda Dourado Conhecido como Caso Serrambi, o crime se tornou um dos mais emblemáticos de Pernambuco. Entre as inúmeras perícias oficiais realizadas, um resultado de DNA trouxe à tona uma informação que caiu como uma bomba. O tal exame afirmava que os pais de Tarsila não seriam os pais biológicos da jovem morta; gerando uma enxurrada de especulações e desconfiança. Os pais de Tarsila tiveram a casa vistoriada e chegaram a ser detidos. Um erro imperdoável e cruel, atingindo em cheio uma família que já estava destruída pela dor. Foi então que Sandra Santos, perita criminal e bióloga, se deu conta: era isso o que queria fazer da vida. Identificar pessoas com o máximo de precisão. Nos anos seguintes lutou com unhas e dentes para implantar o Instituto de Genética Forense em Pernambuco. Foram anos de muito estudo e de articulação com o Governo Federal e Governo Estadual.
“Eu não escolhi ser perita criminal. A perícia criminal me escolheu.”
Além das atividades periciais, Sandra Santos também se destaca como palestrante e professora. Na academia de polícia civil ou na academia de polícia militar, contribuiu com a formação de inúmeros policiais civis e militares. Disciplinas como Criminalística, Local de Crime, Genética Forense e Toxicologia fazem parte de sua rotina. Circula em universidades públicas e privadas, ministrando aulas e palestras; além de contribuir com implantação de novas disciplinas, a exemplo Biologia Celular e Molecular Forense, ministrada no Programa BCMA, Renorbio e Ciências da Saúde (Universidade de Pernambuco). Idealiza e coordena cursos de especialização.
Sandra Santos sempre foi apaixonada por ciência e investigação criminal. Aprovada no primeiro concurso público para perita criminal que fez, começou a tão sonhada carreira policial. Após a conclusão do curso e formação na Academia de Polícia, locais de crime, drogas diversas, amostras biológicas, amostras químicas, entre outros, passaram a fazer parte da sua rotina. Em dois anos se sentiu “saturada” e achou que precisava contribuir com a implantação de novos serviços. Dessa forma, começou a idealizar, propor e gerenciar projetos; passando a assessorar a equipe gestora. Em 2006 cursou Especialização em Genética Forense e tornou-se oficialmente a perita criminal do DNA.
Já em 2007, utilizando laboratórios de DNA de outros estados, começou a se destacar com as perícias de identificação humana. Foram inúmeros casos solucionados graças a esse trabalho. Paralelamente, idealizou e buscou a implantação do Instituto de Genética Forense de Pernambuco. Em 2012, foi nomeada a primeira gestora do Laboratório de Perícia e Pesquisa em Genética Forense. Dois anos depois foi convidada para Gerenciar a Polícia Científica de Pernambuco e durante sete anos comandou todas as atividades de Perícia Oficial de Natureza Criminal (perícia criminal e medicina legal) no estado de Pernambuco.
“Foi um período de grande aprendizado, marcado por um legado gigantesco.”
Nesse período, mudou a história da Polícia Científica de Pernambuco. Dentre as muitas ações, a interiorização beneficiou diretamente grande parte da população pernambucana, quando em três anos, sob o comando de Sandra Santos, foram implantadas unidades de Polícia Científica em todas as regiões do estado de Pernambuco. Até o ano de 2017 eram somente três cidades que ofereciam perícia. A partir de 2018, dez cidades pernambucanas passaram a sediar unidades de Polícia Científica, crescendo consideravelmente a resolução de crimes através de prova material. Criou e implantou espaços humanizados para atendimento de mulheres vítimas de violência. Dos três métodos primários de identificação humana, dois deles (DNA e Odontologia), foram implantados em Pernambuco por Sanda Santos. Implantou também a Psiquiatria Forense, o GEPH (Grupo Especializado em Perícias de Homicídio) e o DEPP (Grupo Especializado em Perícias Patrimoniais), entre outros. Sandra Santos também é autora da Cartilha de Isolamento e Preservação de Local de Crime e do primeiro Protocolo que trata de perícias em locais de feminicídio e outros crimes contra as mulheres. Mesmo diante de todas as dificuldades enfrentadas, construiu uma carreira sólida.
Quando perguntam sobre casos marcantes, Sandra lembra de três acidentes aéreos, entre esses, aquele que vitimou o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Foram pelo menos três dias sem voltar para casa. Dias tensos e cheios de significado. Imaginem trabalhar na identificação do Governador que viabilizou a implantação da Genética Forense do Estado? Destaca-se que as perícias de DNA da maioria dos familiares (amostras de referência) foram realizadas em Pernambuco; enquanto as amostras questionadas foram realizadas no estado de São Paulo.
Sandra Santos também foi Presidente do Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica (2018) e membro titular do Conselho Nacional de Segurança Pública e do Conselho Estadual de Segurança Pública.
Sandra Santos respira perícia criminal e acredita que o fortalecimento da Perícia Oficial de Natureza Criminal é um dos pilares para que o Brasil se torne um país menos violento e mais justo.

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